Três animais que a Colossal Biosciences deseja resgatar do passado

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A empresa americana de biotecnologia Colossal Biosciences utiliza engenharia genética para a desextinção de espécies, ou pelo menos, trazer animais com as mesmas características de volta ao mundo. Com o recente anúncio dos lobos-terríveis, o assunto gerou diversas polêmicas, mas não deve terminar tão cedo: há muitas outras espécies à mira da companhia.

Controversa ou não, a técnica de análise genômica e incubação de espécies novas em animais geneticamente próximos ajuda nos esforços de recuperação de espécies atualmente ameaçadas.

A seguir, veja alguns dos planos da Colossal Biosciences no campo da desextinção.

Os mamutes-lanosos (Mammuthus primigenius) eram grandes herbívoros adaptados ao frio extremo, com pelagem espessa, orelhas pequenas e metabolismo acelerado para garantir um corpo quente. Quando vivos, esses paquidermes mantinham a vegetação curta e sem árvores, o que ajudava a manter o clima sob controle — gramíneas retêm muito mais carbono, freando o aquecimento global.

O plano da empresa é sequenciar o genoma tanto dos mamutes-lanosos quanto dos elefantes-asiáticos, implantando um embrião com as características da espécie extinta em um elefante moderno. De acordo com seu site, o esforço deve ajudar a proteger os elefantes-asiáticos e elefantes-africanos das ameaças que enfrentam atualmente ao revelar mais sobre seu organismo.

Os dodôs (Raphus cucullatus) eram grandes pássaros endêmicos das Ilhas Maurício, chegando a 97 cm de altura e sendo incapazes de voar. Dóceis, eles não ofereceram resistência quando humanos chegaram ao seu habitat, trazendo ratos, cabras, gatos e outros animais que os levaram à extinção.

O objetivo da empresa é recuperar o genoma da espécie, incubando um dodô no ovo de um parente próximo, como um pombo. Com isso, espera-se ajudar na conservação de aves ameaçadas, como os pombos-de-nicobar e os solitários-de-rodrigues. De acordo com a companhia, o dodô será o símbolo da desextinção, já que foi a primeira espécie que o ser humano percebeu ter extinto.

O tilacino (Thylacinus cynocephalus, ou tigre-da-tasmânia) foi um marsupial extinto em 1936, nativo da Austrália e Tasmânia. A Colossal planeja analisar o genoma de outros marsupiais para descobrir características relacionadas à espécie e editar o DNA, via tecnologia CRISPR, de forma a refletir as características do tilacino em seus parentes.

De acordo com a empresa, o esforço deve ajudar a manter vivos os diabos-da-tasmânia e os papa-moscas-de-cauda gorda, marsupiais mais próximos da espécie extinta.

Com esses planos em mente, é possível imaginar um mundo onde as espécies ameaçadas voltam a viver entre nós, trazendo novas perspectivas e desafios para a ciência e conservação. Porém, é preciso lembrar que esta técnica apresenta questões éticas e sociais muito complexas. É importante que seja discutido abertamente sobre os limites e o uso correto dessa tecnologia para garantir a preservação de espécies, além de evitar criar animais geneticamente modificados sem uma boa razão científica ou conservacionista.


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