Polêmica recurso do Windows 11, lançamento do Recall para usuários previsto

A Microsoft anunciou que iniciará a distribuição do Recall para uma parte de usuários nesta quinta-feira (10). Este recurso, cujas polêmicas surgiram após o lançamento, funciona como uma memória fotográfica e utiliza inteligência artificial para encontrar elementos vistos no computador durante sessões anteriores.
Conforme informado, o Recall está na fase beta e será progressivamente liberado na versão 26100.3902 do Windows 11. Para acessá-lo é necessário fazer parte do Windows Insider, um programa que oferece acesso antecipado às versões de teste do sistema operacional e utilizar o canal de prévias.
A distribuição do recurso ocorrerá em etapas e estará disponível na maior parte dos mercados no início de 2025, embora chegue mais tarde nos países da Europa. Além disso, o Recall é otimizado para inglês, chinês (simplificado), francês, alemão, japonês e espanhol.
O Recall foi anunciado pela empresa em maio de 2024 e funciona como uma forma de acessar qualquer página, documento ou imagem que o usuário acessou nos últimos dias e não consegue lembrar onde viu. A ferramenta foi revelada junto ao Copilot+ PCs e precisa de comandos simples para encontrar as informações desejadas. Para isso, o Recall utiliza tecnologias de reconhecimento de caracteres e decodificação de textos e imagens, além de pesquisar em aplicativos, documentos e sites visitados.
Desde seu anúncio, o Recall gerou polêmica por sua funcionalidade. No ano passado, o especialista em segurança e ex-profissional da Microsoft, Kevin Beaumont, chegou a apontar que o recurso representaria um atraso em questões de cibersegurança. Isso se deve ao fato de que o Recall faz capturas de tela de tudo que o usuário faz ou vê em seu computador. Caso hackers tenham acesso ao banco de dados onde o Recall armazena essas informações, muitos dados sensíveis poderiam vazar.
Outro fator que despertou um alerta sobre as questões de privacidade do Recall foi o anúncio de que, em sua versão final, não seria possível desinstalar o programa. Mas pouco tempo depois, a empresa afirmou que sim, os usuários poderiam retirá-lo do sistema operacional.
A big tech também confirmou que, por padrão, o recurso estará desativado e exigirá um acesso no Windows Hello, sistema de autenticação do sistema operacional, em cada sessão, funcionando apenas com a criptografia ativa do Windows 11.
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