Memória do Cérebro: Pode Recordar Alimentos Indigestíveis?

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Você já teve uma experiência comida que você não quer mais encontrar no seu cardápio? Caso tenha, é muito provável que seja um lembrete negativo para sempre. A razão é a mesma que quando alguém nos faz algo que nós sentimos como mal-humoramos: o nosso corpo demora um pouco para perdoar e esse não apenas nos fecha as portas àquela comida, mas também nos deixa repelido por ela.

Segundo os estudos científicos, esta aversão é um fenômeno neurológico que envolve o chamado "local da memória" nos cérebros, responsável por criar uma reação de repulsa a alimentos que nos causaram problemas. Este local é especializado em registrar e aprender com erros individuais, como ocorre em episódios de estresse pós-traumático ou intoxicação alimentar, para que possamos evitar futuramente esses perigos.

Nosso exemplo ilustra um estudo feito por cientistas da Universidade de Virginia (USA). Na experiência, os roedores foram ensinados a obter mais gotas do suco de uva com uma técnica de aprendizado clássico. Depois de aprender isso, receberam uma dose que simulou um caso de intoxicação alimentar. Dois dias mais tarde, quando o experimento foi repetido, nenhum dos roedores aceitaram a oferta de suco. Ao invés disso, eles optaram por beber água normal.

A associação entre o suco e a doença se manifestava no sistema amigdalino, que é responsável pelo aprendizado sobre medo e outras emoções. Além disso, foi descoberto que as células do intestino enviavam sinais para o cérebro através de um peptídeo chamado CGRP (Relacionado ao gene da calcitonina).

O experimento mostrou que, apesar de haver um atraso no momento em que o organismo percebe o perigo, as células podem guardar a memória do mal-humor e ligá-lo à comida. Nessa forma, é como se os roedores estivessem colocando um sinal de aviso nos alimentos perigosos para evitarmos futuramente essas intoxicações.

Esses estudos podem levar a soluções novas e inovadoras para tratar doenças gastrointestinais, como a doença inflamatória intestinal (DII). Por exemplo, uma vacina que mime o CGRP pode ser desenvolvida para treinar os organismos a lidar melhor com esses casos.


Matéria retirada de: olhardigital.com.br

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