Lobo-terráqueo recriado geneticamente, famoso pela série Game of Thrones e extinto há mais de 12 mil anos

Para a primeira vez na história, uma espécie extinta foi trazida de volta à vida, ou pelo menos com as mesmas características, através da empresa Colossal Biosciences. O lobo-terrível (Aenocyon dirus), extinto por 12 mil anos, habitante das Américas, é o animal em questão. Com até 80 kg de peso e 1,80 m de comprimento, eles estavam vivos apenas na cultura pop e eram conhecidos pela sua representação na série televisiva Game of Thrones.
Na segunda-feira (7), a Colossal Biosciences anunciou que dois exemplares criados por eles, chamados de Rômulo e Remo e uma fêmea chamada Khaleesi já têm seis e três meses de idade, respectivamente. Porém, estes não são clones.
A técnica utilizada pela empresa consistiu no uso de dentes de 12 mil anos e um crânio de 72 mil anos para estudar a genética dos lobos-terríveis. Em seguida, foi usado o método CRISPR Cas-9 para reescrever o DNA de uma espécie próxima, os lobos-cinzentos (Canis lupus), e inserir a informação em óvulos.
Os óvulos foram então desenvolvidos até o estágio embrionário e implantados em barrigas de aluguel de cães domésticos. Os lobos-terríveis apresentam todos os traços típicos deles, como pelos brancos e compridos, musculatura avantajada, ombros e cabeças mais largos, corpo grande. Eles não são idênticos geneticamente aos seus “parentes” extintos, mas relembram as características principais deles.
O trio é mantido em uma reserva com 8 km² nos Estados Unidos, em localização desconhecida, para evitar curiosos. Eles são alimentados diariamente e estão sendo estudados pelos cientistas. Não devem ser soltos na natureza, já que não possuem a expertise necessária para sobreviver. Além disso, é preciso saber se a edição genética trouxe problemas de saúde incidentais.
A Colossal Biosciences também planeja trazer outros animais de volta à vida, como os camundongos-lanosos e o tilacino (tigre-da-tasmânia), que devem ajudar a manter em cheque a população de mamíferos locais. A justificativa é ajudar a mitigar o impacto negativo dos seres humanos na natureza.
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