Katy Perry em voo espacial da Blue Origin enfrenta críticas de turismo espacial.

A cantora Katy Perry será uma das seis mulheres a bordo da missão suborbital da Blue Origin no dia 14 de abril. A missão, chamada NS-31, terá como comandante a atriz e jornalista Lauren Sánchez, companheira de Jeff Bezos. As outras tripulantes serão a engenheira aeroespacial Aisha Bowe, produtora cinematográfica Kerianne Flynn, apresentadora da CBS Mornings Gayle King, cientista bioastronauta Amanda Nguyen e a atriz Olivia Munn criticou o evento.
O voo de 11 minutos incluirá cerca de quatro minutos em microgravidade. As tripulantes poderão observar a Terra a mais de 100 km de altura, que costuma provocar o chamado efeito de visão geral.
A Blue Origin já levou outras celebridades ao espaço, como o ator William Shatner e o ex-jogador de futebol americano Michael Strahan. No entanto, a atriz Olivia Munn criticou a experiência por ser mais uma extravagância que contribuição para a ciência ou sociedade. Munn também levantou preocupações ambientais ao criticar o uso de combustível para uma viagem tão curta.
A Blue Origin não revelou o preço cobrado por assento, mas o valor estimado para participar dessa experiência varia entre US$250 mil e US$300 mil (mais de R$1,5 milhão). A concorrente Virgin Galactic, que pausou seu programa de turismo espacial, cobra cerca de US$600 mil (em torno de R$3,5 milhões).
Amanda Nguyen planeja realizar dois experimentos científicos durante o voo: um em parceria com o Centro Espacial Nacional Vietnamita e outro voltado à saúde da mulher. A empresa afirma que a missão busca inspirar futuras gerações.
No entanto, o debate permanece. Para muitos críticos, o turismo espacial de luxo levanta questões éticas, ambientais e sociais. Em um mundo cada vez mais desigual, é válido investir tanto para tão poucos irem tão longe – mesmo que só por alguns minutos?
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