Essa aranha cor-de-rosa poderá reverter a engenharia

A aranha-pavão australiana tem a capacidade de saltar longas distâncias e sobreviver às forças gravitacionais mais altas que as enfrentadas por pilotos de caça. Para isso, utilizam uma combinação única de pressão hidráulica e ação muscular.
Esta capacidade sempre inspirou cientistas. Agora, pesquisadores da Universidade Macquarie, em Sydney, na Austrália, revelaram a biomecânica por trás dos insetos. Uma descoberta que pode revolucionar a engenharia e a robótica.
Os pesquisadores explicam que, antes de uma aranha pular, ela contrai os músculos de seu cefalotórax (o corpo integrado dos insetos formado pela cabeça e tórax) para empurrar a hemolinfa, sua versão de sangue, dentro de suas pernas. A hemolinfa aumenta a pressão nas pernas, fazendo com que elas se estendam rapidamente.
Quando a pressão é liberada, as pernas se movem para frente, impulsionando o animal no ar com grande força. Devido aos seus diferentes tamanhos e formas corporais, as aranhas saltadoras machos e fêmeas exibem dinâmicas de salto diferentes.
A equipe coletou 10 aranhas machos e 12 fêmeas, analisando como ocorriam os saltos destes insetos. Os pesquisadores descobriram que o terceiro e o quarto pares de pernas “desempenharam um papel crucial” nestes movimentos.
As aranhas-pavão levantaram seus dois primeiros pares de pernas e as estenderam na frente de seus corpos. O quarto par deixou a plataforma de decolagem em seguida, seguido alguns milissegundos depois pelo terceiro par, que foram as últimas pernas a deixar o solo. Essas descobertas sugeriram que a terceira perna era a “perna propulsiva”.
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