De QR Codes para Carros Elétricos: o que a China ensina sobre inovações

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A China emergiu como uma potência global em inovação e tecnologia, e o Brasil pode aprender muito desse modelo impressionante. Isso foi afirmado por In Hsieh, um dos principais nomes no setor asiático, durante uma entrevista ao Podcast Canaltech.

Com mais de 1,4 bilhão de habitantes, a China precisou tornar a inovação algo acessível e escalável, o que moldou a forma como o país desenvolve e distribui novas tecnologias. "Lá, a inovação precisa ser barata, fácil de usar e de distribuir. Não dá para depender de dispositivos caros, por exemplo", explica In.

Segundo o especialista, a chave está em três pilares: mentalidade acessível, formação de talentos e investimento pesado em pesquisa e capital de risco. Com um ecossistema que reúne universidades, empresas e investidores, a China criou um ambiente altamente competitivo, com milhares de startups e soluções tecnológicas que vão de pagamentos digitais a carros elétricos.

Eles têm mais cientistas em computação, estatística e matemática do que o restante do mundo somado", diz In. Entre os casos mais marcantes de inovação, destaca-se a popularização dos pagamentos via QR Code. A tecnologia, que surgiu no Japão para a indústria automotiva, foi ressignificada na China e virou o principal meio de pagamento digital no país. O modelo serviu de base até para o Brasil desenvolver o Pix.

Outro destaque é o crescimento dos superapps, que reúnem serviços de e-commerce, pagamentos, redes sociais e até jogos em um só lugar. "Mais importante que o super app é o ecossistema por trás dele, com empresas conectadas não só comercialmente, mas também por dados e tecnologia", explica.

Quando o assunto são carros elétricos, a China também lidera. Empresas como a BYD, que começou como fabricante de baterias, têm impulsionado uma transformação profunda na indústria automotiva, inclusive no Brasil.

Para In, o movimento mais importante da atualidade é a internacionalização das empresas chinesas, que estão chegando ao Brasil com soluções B2B, Inteligência Artificial e até startups focadas no agronegócio. E o melhor: adaptadas ao mercado brasileiro.

Para In, ignorar o que está acontecendo na China é um erro. "A China é mais parecida com o Brasil do que o Vale do Silício. É um país continental, com desigualdade e uma população enorme. O jeito como eles tornam a tecnologia acessível pode inspirar muito o Brasil."

In também faz um alerta direto: "Ignorar o que acontece na China é não só uma perda de oportunidade, mas também um risco. Seu próximo concorrente pode estar sendo criado lá agora". Para In, usar criativamente a tecnologia no campo é um exemplo recente e curioso de uso da tecnologia na China: produtores rurais têm usado Inteligência Artificial (IA) para monitorar plantações, combater pragas e tomar decisões baseadas em dados. "Eles estão fazendo isso de forma orgânica, sem precisar esperar por soluções prontas do mercado", diz In.


Matéria retirada de: canaltech.com.br

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